O vento balançava os cabelos no vai-e-vem do balanço,
O sorriso se alojava no rosto e dizia “mamãe, eu não canso.
Em poucas horas fora médica astronauta e bailarina,
Ou uma princesa que no baile a todos fascina.
Os números do relógio ou letras não tinham sentidos,
O tempo brincava, vezes correndo, outras se arrantando.
Um beijo curava a dor de um coração partido,
A mãe se tornava perfeita ao ficar no ouvido cantarolando.
O parque aos finais de semana, era sagrado.
Colocava a melhor roupa, e a mãe ia abraçar.
Entre gigates, ser espiã era ter cuidado.
Ir na casa da vovô, nos doces, uma esperança,
“Vovó! Cheguei!” bastava para a festa começar.
Não era felicidade: era ser criança.
Texto da "Sociedade dos poetas vivos".
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